terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Lista - 2000's



Well, como tá na minha descrição (que ninguém deve ter lido), também farei Tops, que é uma coisa que eu gosto muito de fazer. Poderia começar pelos meus dez filmes preferidos ou algo do tipo, porém não. O meu primeiro Top10 será sobre: ''Os dez melhores filmes da década de 2000!''. Escolhi isso porque essa década marcou meu início na ''cinefilização'' e, portanto, alguns de seus filmes, idem. And so it begins...

10. A Queda! As Últimas Horas de Hitler (Der Untergang, 2004)


   Um filme alemão, sobre a Segunda Guerra Mundial. Já não podemos esperar os típicos clichês norte-americanos sobre o tema. E quando sabemos que ele mostrará, a partir de um ponto de vista nazista, o fim de tudo aquilo? Esperamos um grande filme, claro. E é isso que ele é. A obra, indicada ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, mostra os últimos momentos de Hitler, sua loucura e seu lado humano (sim, ele existe), e também como os alemães também apoiavam aquilo tudo (em um momento, duas crianças pegam armas e vão para o front defender Berlim). O filme é perfeito tecnicamente e conta com uma das melhores interpretações de seu ano, com Bruno Ganz fazendo um Hitler tão inesquecível quanto o de Charles Chaplin em O Grande Ditador (e sendo infelizmente ignorado pela Academia).      Nota: 9/10


9. Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street, 2007)


   Tim Burton + Johnny Depp + Helena Bonham Carter + Alan Rickman, só poderia ser um sucesso. Se trata de uma adaptação do musical que conta a história de Benjamin Barker (Depp), que volta da prisão em busca de vingança contra o homem que ''roubou'' sua família (Rickman) e, nesse trajeto, encontra a Srta. Lovett (Bonham Carter), dona do pior restaurante de Londres (sem exageros). É um primor técnico, com sua concepção visual sendo uma das minhas favoritas da filmografia do Tim, reparem como as cores ficam presas praticamente ao ''preto-e-branco'', com exceção do vermelho vivo, visto principalmente no sangue (o pôster acima, já dá uma ideia sobre isso). Méritos para a Fotografia de Dariusz Wolski. A direção de arte é, claro, igualmente bela e notável, tal qual as interpretações, com destaque para Helena e Johnny (que acabou até ganhando uma indicação ao Oscar). Portanto, não há como dizer que Burton ''caducou'' em seus filmes mais recentes, mesmo depois de Alice...     Nota: 9/10


8. Amnésia (Memento, 2000)


   O terceiro filme de Christopher Nolan (dos ótimos ''A Origem'' e ''Batman - O Cavaleiro das Trevas''), e o que lhe rendeu os primeiros bons olhares no mundo cinematográfico, já mostrava que esse homem não era um diretor e roteirista qualquer. Aqui já encontramos a fórmula mágica do diretor: entretenimento com conteúdo. A história é simples: Leonard (Guy Pearce) busca encontrar o assassino de sua mulher, até aí tudo certo, tudo normal... o problema é que ele possui perda de memória recente, ficando dependente das anotações dos dias anteriores para saber onde sua ''investigação'' havia parado. Certo, pensa que acabou aí a inventividade do roteiro dos irmãos Nolan? Não mesmo: o filme se passa inteiramente de ''trás para frente'', observando sempre o ponto de vista do personagem, ou seja, nem ele nem nós, meros espectadores, sabemos o que ocorreu no dia anterior! Merecidamente indicado à Melhor Roteiro e Melhor Montagem no Oscar, o filme é realmente tudo isso que parece ser!      Nota: 9/10


7. Moulin Rouge - Amor em Vermelho (Moulin Rouge!, 2001)



   Eu tenho um caso de amor muito sério com esse filme. Dirigido e roteirizado por Baz Luhrmann (de ''Romeu + Julieta''), conta a história de Christian (o chato do Ewan McGregor) que sonha se tornar um escritor, em meio à era boêmia parisiense. Ele acaba conhecendo e se apaixonando pela cortesã Satine (a linda e talentosa Nicole Kidman), porém ela já possuía outros planos: se casar com o ricaço Duke (o eficiente Richard Roxburgh). Em meio à todos os clichês do gênero (e aqui temos uma das qualidades do filme, que não se deixa ficar cafona em momento algum), aparece a excelente trilha sonora, que reúne sucessos de todas as épocas, nas vozes dos atores; a brilhante direção artística, com cenários e figurinos primorosos e, claro, o show de interpretação de Kidman e de outros do elenco, como Jim Broadbent, como o dono do Moulin Rouge, e John Leguizamo, o amigo ''gnomo'' de Christian.    Nota: 9/10


6. Réquiem para um Sonho (Requiem for a Dream, 2000)



E mais um da série ''primeiro-filme-mundialmente-conhecido-de-um-grande-diretor''. Réquiem é dirigido por Darren Aronofsky (do maravilhoso ''Cisne Negro'') e é uma verdadeira análise do ser humano. A base do roteiro são os vícios que permeiam o homem, representados pelas drogas, comprimidos de emagrecimento e TV. Sara Goldfarb (Ellen Burstyn, em interpretação sensacional e indicada ao Oscar) assiste à TV o dia todo, até que é chamada para a fila de espera de um programa alla Silvio Santos e, então, começa um regime intenso com o apoio de remédios para vestir um vestido que usou há muitos anos. Enquanto isso, seu filho, Harry (Jared Leto), é viciado em drogas e passa o dia injetando com amigos. Nesse contexto absurdo, porém real, o filme vai se desenvolvendo, com a ajuda de uma trilha conhecida de todos (ouçam!) e uma direção inovadora e impecável. O final é absolutamente fantástico!    Nota: 9/10



5. Dogville (idem, 2003)
















    Lars Von Trier. Lars Von Trier. Podem decorar esse nome, porque eu vou falar MUITO dele por aqui. Também pudera, é um dos meus diretores favoritos (e um daqueles que em uma conversa sobre, eu viro fã alucinado e chato). Depois do sucesso de ''Dançando no Escuro'' (um maravilhoso musical com a Björk), em 2000, Von Trier lançou Dogville. E nele, utilizou os conceitos do Manifesto Dogma 95, que impunhas certas, digamos, limitações ao diretor. A história é, teoricamente, simples: Grace (mais uma vez, Nicole Kidman), está fugindo da máfia quando encontra uma pequena cidade e nela acaba ficando, em troca de prestar favores aos seus moradores. Aí entram as tais limitações: o filme não possui cenário algum! Se passa em um palco com algumas delimitações quanto à ''onde seria o quê'', por meio de traços no chão. Não há paredes, não há nada além disso. E nessa ''loucura'' toda, Trier desenvolve o filme, mostrando, por meio dos seus aclamados simbolismos, a maldade do ser humano. Uma aula de cinema.   Nota: 9/10


4. O Pianista (The Pianist, 2002)
















   Mais um filme sobre o Holocausto, mas dessa vez o ponto de vista é outro e a direção é do mestre Roman Polanski (de ''O Bebê de Rosemary''). Wladyslaw Szpilman é um pianista polonês, de nome complicado de se falar, que contou em sua auto-biografia como foi todo o processo da Segunda Guerra para um judeu, desde as primeiras restrições até o fim do conflito. O livro foi adaptado à tela de maneira espetacular por Polanski, mostrando, sem qualquer tipo de manipulação para mexer com o emocional, como foi o Holocausto. Acompanhamos o filme sempre lado a lado do pianista, passando pela separação de sua família, até o seu derradeiro fim. A espetacular interpretação de Adrien Brody, que lhe rendeu o Oscar, é digna de nota, não só pelas transformações físicas (o emagrecimento durante o filme é absurdamente visível), mas também pela grande carga emocional. Ganhador de três prêmios da Academia, incluindo Melhor Diretor, é a obra máxima de Polanski.      Nota: 9/10


3. Kill Bill: Vol. 1 (Idem, 2003)















A farofada pop-tarantinesca: minha definição para Kill Bill. Tudo começa quando a 'Noiva' (Uma Thurman), sobrevive a uma chacina, organizada por Bill e seus assassinos de elite, no dia de seu casamento. Porém, ela entra em coma e ao acordar, após longos anos, vai em busca da vingança. O que separa o filme do lugar-comum é algo bem simples: Quentin Tarantino. As inúmeras referências pop, dos Westerns de Leone até o giallo italiano e passando pelos filmes de ação japoneses, são mixadas e transformadas em um grande filme. Os exageros técnicos, como o ''sangue-mangueira'' que sai dos braços decepados pela Noiva, a sequência em P&B e a ''luta de sombras''; casam perfeitamente com os diálogos sempre imperdíveis e a direção precisa de Tarantino. Destaque para a maravilhosa trilha (o assobio ''Bernard Herrmanniano'' da linda Daryl Hannah como enfermeira no hospital já é um clássico) e também para o elenco de apoio, com Lucy Liu, Michael Madsen e a já citada Daryl, o grande destaque.     Nota: 10/10


2. Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds, 2009)
















   Já deu para perceber que eu sou absolutamente fã do Tarantino, né? E esse, para mim, é o seu melhor filme. Nada de ''Pulp Fiction'' ou ''Cães de Aluguel'', eu tenho que concordar com o Quentin, essa é a sua obra-prima. O filme segue por duas vertentes: a de Shosanna Dreyfus (Mélanie Laurent), sobrevivente da execução de sua família pelo Coronel Hans Landa (o magnífico Christopher Waltz) e a dos Bastardos, grupo americano liderado por Aldo Raine (Brad Pitt), que extermina soldados alemães de uma maneira bem peculiar. A cena inicial da execução da família já mostra que se trata de um filme de Tarantino, com uma mise en scène espetacular e um diálogo fabuloso, em que Waltz mostra todo o seu talento, que lhe rendeu o Oscar de Ator Coadjuvante. Ambas as vertentes acabam por se juntar no cinema de Shosanna, onde um filme será exibido para o Terceiro Reich, e quando dois planos para matá-lo entram em ação. Um autêntico ''novo filme de Quentin Tarantino''.      Nota: 10/10


1. Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (Lord of the Rings: The Return of the King, 2003)
















   Pronto, desapontei muita gente. Joguem as pedras. A história, todo mundo conhece: Frodo (Elijah Wood) tentar destruir o Um Anel, enquanto o que restou da Sociedade do Anel busca lhe dar tempo para concluir a missão e também proteger o mundo das tropas de Sauron. Tá, e aí você me fala, três filmes enormes para jogar um anelzinho em um vulcão? SIM! Três filmes enormes que criaram a trilogia mais épica de todos os tempos. O que dizer da batalha nos Campos de Pelennor? Das acrobacias de Legolas diante do Olifante? E do clímax final que nos leva ao êxtase, tanto na resolução para os hobbits, quanto para os homens? Tudo é épico, tudo é gigantesco, tudo é megalomaníaco, bem como a grande obra de Tolkien merecia. A trilha de Howard Shore nos causa arrepios instantâneos (chegada dos exércitos de Rohan, oi?), os efeitos visuais da Weta estão ainda melhores e as interpretações não ficam para trás, não. Um épico monumental, vencedor de onze Oscars altamente merecidos.    Nota 10/10

P.S.1: Para os desinformados, a década de 2000 acaba em 2009, ok?

P.S.2: Não, eu não assisti a todos os filmes da década que passou, portanto, pode ser que aquele filme que você ama, eu não tenha visto (ou tenha, enfim), então, comente, pergunte, etc.

2 comentários:

  1. Gostei bastante da lista, mas sou quase obrigada a discordar dos dois musicais que estão presentes :( Ok, eu sei que eu coloquei os dois como meus musicais favoritos - e são - mas não acho que sejam bons ao ponto de serem os melhores de 2010... Eu sou craque em falar mal das coisas que eu gosto, incrível HAHAHAHAHA Mas eu preciso falar que pelo o que eu li até agora das suas críticas, você é bem consistente :)

    You go Glen Coco!

    ResponderExcluir
  2. Hahahahahaha, pois é, eu lembro! Mas obrigado pelo elogio e e e <33.

    ResponderExcluir